SOBRAS
SOBRAS
Paulo Gondim
21/04/2009
O cansaço me ronda a mente
O verso não me apraz
O pensamento voa sem rumo
Nessa estranha ausência de paz
A solidão toma meus espaços
Um a um, sem que tenha opção
Meu grito se perde, sem eco
Palavras surdas na imensidão
O sonho começa a fraquejar
Ilusões, quimeras já se vão
Como luz fraca que se apaga
Desejo que foge em cada mão
Quase nada resta a se vivido
Dessa feia e inóspita figura
Restos de mágoas, de queixas
Eis as sobras dessa criatura