ADEUS
De Regilene Rodrigues Neves
Sinto ao ler a última frase:
O adeus!... Sem olhar para o meu eu
Saiu friamente sem nenhum gesto
Todo aquele amor de nada significou,
Para me deixar aqui
Feito um objeto sem alma
Vagando solitária por avenidas de sentimentos...
De um lado um coração apertado
Dentro de um peito desolado
Do outro a dor inteira no meu corpo
Fazendo escorrer lágrimas do meu íntimo...
O vazio tomando posse
Dos teus pertences
Arrancados de mim
Sem nenhum gesto de ternura...
Simplesmente me abandona
Enfeitiçado por outro amor
Que dissestes em covardia maior que o meu!
Sem entender me recolho a minha insignificância
E viro lágrimas copiosas
Que caem silenciosas ao chão
Ainda peço-te perdão mesmo que em vão
Tentando me perdoar pelo que te causei
Até mesmo supliquei apelei com emoção!
Já de costas a distância entre nós
Ouve os gritos da separação
Te levando de mim para outro coração!
Derredor esquecido
Meus sentimentos
Dentro de um frasco vazio...
A ausência procurando lembranças tuas
Pelos arredores das paredes
Que ouviram nosso amor...
Tuas mãos ainda no meu corpo
Marcando todo um território teu
Ouço teus gemidos ensandecidos de paixão
Agora nada mais que doce ilusão
De um aventureiro que de amor em amor
Somente explorou meu coração
E sem se despedir me disse adeus!...
Em 21 de abril de 2009