SENTIR! SENTIR? SENTIR...
Quantas imagens distorcidas
na íris dos olhos cor de mel.
Quantas confissões reveladas,
pelos tímpanos antes peneiradas.
Quantas palavras só esboçadas
por prisão da língua e lábios.
Quanta falta de sensibilidade
por de fato não se ter tato.
Quantos odores não percebidos,
por serem demasiadamente filtrados.
Quantos sabores são degustados
pelas papilas gustativas
e depois são ignorados.
Quanto sentimento amordaçado
por um coração fragmentado.
Quanta falta de equilíbrio
por estar com o cerebelo em conflito.
Quanto descaso com o cérebro
por achá-lo supérfluo.
Quanta resistência em se conectar
por achar que as sinapses
não irão se completar.
Quantos pensamentos em vão...
Quantos questionamentos não sãos...
Quantas informações nos lóbulos processadas...
Quanta insensatez por mim experimentada...