Paisagem na alma
 
Na lente do coração
vi a paisagem de minh’alma
Lago trêmulo com folhas secas de encanto


Ventania a balançar  galhos de ilusões
Ave voando sem rumo, sem destino
Caminhos trilhados, perdidos


Emaranhado de sonhos, fantasias
Árvore frondosa feito pó
Num sopro impiedoso, em nuvens cinzentas


Jogado entre a fumaça
Do fogo estraçalhado
Contido por águas feito cachoeira


A lente ficou embaçada
Pelas lágrimas que derramei


Já não havia mais  lua, sol, fogo
Nem mesmo a fumaça
Apenas um deserto habitado em mim.

 
Antonia Zilma
Enviado por Antonia Zilma em 10/04/2009
Reeditado em 02/02/2014
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