Há de haver
Há uma falta de tempo, acompanhada de nostalgia
Há um "quero não posso", acompanhado de não devo
Há um nada, acompanhado de um algo exacerbado
Há uma torturante ironia: eu amo e não posso amar!
Há que, se escrevo, entonteço
Devaneio!
Há que eu não posso me calar (ou não quero, ou não devo)
Há um embaraço, um algo atravessado em mim
Há, que há de haver, um espaço
Pra um desabafo
Um desengasgo
Só assim haverá um silêncio em mim.