GRITO
GRITO!
Os caminhos que a vida nos reserva,
Mananciais de pedras ruídas pelo tempo,
São as cruzes que o mundo em si encerra,
Mas antídoto p’r’os desvios do momento
Momentos vãos, ocos, efémeros, sem ardor,
Janela opaca, mas luzindo para a inveja,
Ressonâncias que assombram o Eterno Amor,
E nos tornam no pior ser que aqui rasteja.
Para o mal nunca perdemos o desejo,
Num mundo por Alguém determinado
A ser um paraíso.; que não vejo,
Mas apenas o meandro do pecado.
Gritemos contra a dor que em nós lateja,
Saibamos dignificar a humanidade.