Se...
Se...
Se soubesses a dor que trago no peito,
por anos de anelos e sonhos desfeitos,
desesperanças e solidão...
Se soubesses das lágrimas escondidas,
das inúmeras noites mal dormidas,
e no riso, o disfarce da minha emoção...
Se soubesses do amor desesperado,
do ciúme doente, desvairado,
da loucura que tomou conta de mim...
Se notasses a minha ansiedade,
talvez que num misto de pena e bondade,
pudesses amar-me um pouquinho, enfim!
Nilda Dias Tavares.