Aqui entre nós...
Quero te dizer em segredo
Que do meio da dor de cotovelo
Eu te falo sem nenhum zelo
Que o bom de ser assim
De estar bem perto do seu fim
É que a gente não segura à língua
Seja pra chupar uva ou pra falar
A boca solta a franga pra danar
Se for livre e sem medo para amar
Não há como temer o que se errar
E daí lamento vir aqui pra te dizer
Que você pisou feio na bola comigo
E perdeste o teu melhor amigo
Àquele que te ouvia e aplaudia
Mesmo nas tuas maiores babaquices
Nas sandices e milhares de tolices
Ah! Foram tantas as noites e os dias
E eu aqui te doando a melhor da alegria
Enquanto se esfregavas nas tuas folias
Claro que poderás logo me substituir...
Tens 'staff' e idiotas aos teus pés
Em noites de prazer e de orgasmos
Do jeito que és devota das orgias
Com tantos deles em teu odor de chulé
Aproveite das tuas intensas 'ménages'
Só não mais terás a mim já vacinado
Dos teus venenos, salvo e absolvido
E pasme! Justo eu que mais a elevava
Com palavras de elogio e de pureza
A enaltecer o teu talento e beleza
Que emprestou seu colo e certezas
Entre abraços e beijos acalorados
Gritou e louvou o teu nome
Em versos, trovas e poemas
Está tudo aqui como prova
Tanto do meu amor do peito
Quanto da tua falta de respeito
Logo a quem deu amor tão direito
Trataste pior que a um bandoleiro
Quer saber? Vá se catar e se fuder!
Mas antes passe no banheiro para
Tirar esse teu mau cheiro...
Hildebrando Menezes