A NOITE

À noite quando em densas nuvens se desmancha

E no espaço uma densa nuvem adormece

Eu sinto em meu lar uma presença estranha

Que me faz despertar, mas ela se desvanece.

Olhando a janela os ares sondando

Vejo o vento às folhas balançarem

Percebo que eu estivera sonhando

Nada vejo para meus olhos alcançarem.

E a noite silenciosa prossegue

Ficando nela um grande vazio

A saudade que sempre me persegue

Faz-me sentir solidão noites a fio.

De repente sou desperta por um grito

Destes meus pensamentos a vagar

Era uma voz humana acredito

Que pelo meu nome estava a chamar.

Fico quieta tentando escutar

Para não ser mais uma ilusão

Ouço novamente me chamar

Mas não era ninguém era o meu coração.

Ai de mim! Castiga-me a triste solidão

Fazendo até que eu tenha ilusões

Saudade, tristeza, solidão grande vilões

Vivem em minha alma a trazer-me decepção.

Na solidão absoluta desta noite

O consolo para o meu coração é a poesia

Ela minha companheira de pernoite

Ela a minha doce e meiga alegria.

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 23/03/2009
Código do texto: T1501233
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.