E EU ERA TÃO CRIANÇA...

Implacável destino
que empurraste
sem sombra de piedade
do seu ninho...
e ainda implume
o pobre passarinho!

Baniste-me, cruel, e me exilaste...
e era eu tão criança!
Que te baste, cruel,
Ver-me voltar assim
sozinho e velho
estropeado do caminho
inútil e exausto
como um traste.

Contente-te, cruel, o que eu sofri
enquanto pelo mundo te segui!
No meu cantinho
deixa que eu sossegue
o pouco que me resta
para viver.

Inspira ao pobre velho
algum prazer,
uma última ilusão
a que me entregue...