Espera


Há muito espero a chegada da peça indestrtível.
Sempre tive muita pena dos homens
porque eles morrem
e das coisas porque as perdemos.
Presos às raízes do tempo
esquecemo-nos de amar o mundo.
Seguimos sem norte, sem razão
e - ainda por isso - doentes.
Viver... que caminho é esse?
Morrer... onde fica?
Porque hoje estou muito, muito triste,
não posso arrancar certezas
de um peito que chora.
Deixemos o dia passar.
Amanhã será 0 tempo-depois-do-repouso
e talvez eu me esqueça de saber
que tudo está no mesmo lugar
e alguém me veja a sorrir... plasticamente.
Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 16/03/2009
Reeditado em 16/03/2009
Código do texto: T1489554