A vida como deve ser
Eis que hoje não se resguarda mais a extremidade da matéria. Acaba-se por proferir palavras iguais com sentidos diferentes para quem ouve. Todavia, o que adentra o coração deveria ser o que sai da boca. Percebe-se que os objetivos traçados geralmente não acontecem como planejados. Cada qual se priva pela aparência deixando de viver o que não volta mais. O viver é tentador, excitante, porém, abrasivo. Há um custo pré-estabelecido, redefinido a cada momento, para cada movimento executado. É indispensável um entusiasmo enaltecedor para suprimir a derrota e edificar o triunfo.
Essa motivação integra a consciência e restabelece a vontade de crescer, contudo, sem sustentação, o acidente pode ser fatal. Através desta, tudo se modifica. A dor que bate após, mesmo não sendo esmagadora, machuca. É perigoso crer em qualquer coisa que se manifeste. Como se fortalecer então? Talvez, vivendo sem medo a cada nova situação. A alegria deve ser instantânea, determinante, incitante, sabendo que o entendimento do agir é intrico. Mesmo assim deve-se ter em mente que o ser humano não perpetua e o amanhã pode não existir.
Sem a entrega não há como gozar a vida. Seria excelente não ter preocupações no pensamento, no intelecto, na alma. Morrer-se-ia somente com a dor da saudade. A felicidade prevaleceria e a queda seria algo displicente e proposital. O sofrimento não tem que ser dispendioso. Há sempre um conhecimento agregado a aflição. Quanto mais destinos percorrem-se, mais se descobre que não há um caminho correto. Os sentimentos estão presentes, fervorosamente, a todo instante. Compreendê-los e controlá-los demonstra o grau de sabedoria adquirido. O ideal é não envergonhar-se de sua existência. É olhar para trás e ter a certeza que nada foi feito por acaso e que o amanhã será ainda melhor.