Tudo que sou
Tudo que Sou
Sinto ser frágil
Nas lágrimas presumo ser pó
Sou porta aberta a espera
Do amor que voou
Sou a lua ao fim da noite
Que ansiosa deseja o beijo
Do sol tão longe dela
Estranho amigo e companheiro
Sou a folha leve na árvore
Ansiando o orvalho tomar
Pássaro na madrugada
Sem saber onde pousar
Esqueceu-se do trajeto
Amigos em bando o deixou
Sou terra seca a espera
Da chuva, do derramar do amor.
Sou poesia triste nota
Em essência de coração
Alma fraca por não saciar-se de pão
Sou leito de rio desejando ir desaguar
Em teus beijos teu carinho
Teu doce e meigo olhar
Sou apenas a magia
Fumaça que evapora
Sou o segundo,
Hora que depressa vai embora.
Sou o amor que você não quer
Sou a alma de uma triste mulher.
Paula Belmino