Fatalidade

Somos a fatalidade.

Sou a lua, és o sol.

Sou a noite, és o dia.

Sou desejo que espera, és desejo que sacia.

Sou aquela que aguarda, és aquele que partiu.

Somos a fatalidade, de tudo que nada se viu.

Sou palavra no papel, és a voz que cala...

Somos a fatalidade, de amores febris, aqueles que nascem e encantam.

E num cansaço sem caminhos, evaporam tão sozinhos.

Somos a fatalidade.

Meu corpo, te esperou num sonho...

Tua bondade, aplaudiu minha fantasia,

que tão sozinha, ouviu tua voz e sonhou...

E agora?

Tão sem cores, sem sabor,

num desejo tolo, de estar contigo.

Nas benditas linhas, descrever algo nunca vivido.

Cristina Gonçalves
Enviado por Cristina Gonçalves em 10/03/2009
Reeditado em 29/10/2021
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