Dor Anestesiada




O desespero invade todo corpo
Faz confusão mental e espiritual
Sem saída
Sem caminhos a seguir
A alma começa a sangrar
Vista embaçada
Garganta seca
Peito sente pontadas de agonia
Lágrimas rolam

Solitário pranto
Nesse desabafo
Sem misericórdia
Sem resposta
Para a amargura
Do descaminho
Que a vida se tornou

Aos pouco
Às lágrimas vão se extinguindo
Secando no rosto
E as mágoas nem mais apavoram
Sou eu
Como companhia
O desamor

Desvalido
Sem um acalanto
Uma oração

Agora
Resta a sensação
Da anestesia
Aliviando o momento
Mas sem engano
Sem solução

Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 03/03/2009
Código do texto: T1467886
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