Maldito ciume indigente.

Tantas rimas jogadas no lixo

Poesia recitada as paredes

A uma flor mergulhada no capricho

E que só do sucesso tem sede,

Um monólogo entitulado dueto

Eu preciso me por em meu lugar

E acreditar que desprezo não tem jeito

E ir para a relva do campo rimar.

Vou homenagear as pedras do caminho

Sem me importar com a sensibilidade

Tambem farei elogio a espinhos

Porque neles existem verdade.

Vou falar com as aguas que passam

Tendo a certeza que não me escutam

E as lagrimas que os meus olhos embaçam

Por cainho e amor nunca mais discutam.

Vou fazer dueto com a bisa

Pelo menos ela é isenta de medo

Não me deixa de alma indecisa

Invisivel mas não mergulhada em segredo.

Vou escrever poesias no gelo

E já sabendo que não serão lidas

O que adinta tanto carinho e zelo

Para serem espezinhadas e esquecidas,

Gosto muito de falar pessoalmente

Mandar recado nunca foi o meu fraco

Mas é que o maldito ciume indigente

Conseguiu fazer do meu coração esse caco.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 03/03/2009
Reeditado em 03/03/2009
Código do texto: T1467577
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