A “santa” da noite

Eu a conheci na Igreja,

Linda, bela, santa.

Foi sentimento de pureza.

Sedução inocente.

Presente dos deuses.

Parecia um anjo, e era.

Era a mulher da minha vida.

Linda, como uma miss na passarela.

Nunca mais perdi uma missa.

Era a minha Cinderela.

De repente, sumiu,

Desapareceu;

Nunca mais a vi.

Parecia coisa de filme,

Do capítulo que se perdeu.

Entristeci-me, fiquei solitário.

Andei de bar em bar;

Visitei a noite...

Caí na farra, na bebedeira.

Minha alegria estava perdida.

Minha agonia foi meu açoite!...

Entrei numa boate,

E, vi uma bela jovem,

Que, ao entrar no palco fantasia,

Dançava linda, meiga,

Como um cisne esvoaçante...

Foi fascinante!

E descobri que, “a strip-tease”,

Era a minha “Santa”.

Ao reconhecê-la,

Quase tive um enfarte.

O disfarce não escondeu

A magia de sua beleza.

Chorei ao desvendar

Que a minha “Santa”

Era a mulher da noite.