O segredo

Escondias, pois,

A noite em tuas mãos

E quando adeus me disseste,

No aceno, foi o que deixaste.

Desde então não vejo

Mais que estrelas raras agonizando

Flores esparsas, soturnas.

Escondias, pois,

O segredo da cura e da morte

entre teus dedos,

E até então, só conhecia a cura:

Os teus carinhos saravam

As feridas tantas!

Mas, quando no adeus os moveste

Respingaste a morte

E desde tais dias vejo

Apenas sóis moribundos,

Luas cadavéricas,

Flores putrefatas.