Dispersão


Desespero de sentir  a vida se esvaindo,
torneira aberta sobre um chão de pedra.
Que flor nascerá?
O gesto não muda o sentido do vento.
A folha não fica parada no ar.
A gente se engana com a falsa esperança
De que um dia se mude o curso do rio
E nada se faz.
Fica-se olhando o mar nos chamando
Sem nada que nos detenha,
Sem coragem para o salto.
Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 26/02/2009
Reeditado em 27/02/2009
Código do texto: T1458717