EXAURIDO

Da fagulha de uma despretensiosa simpatia

Não me dei conta.

Até que foi se arraigando em meu ser

Estendendo-me implacáveis tentáculos

Permiti que fosse consumido pelas labaredas

De uma paixão irrefreável

Da qual não consigo me ver liberto.

Desde então busco um lenitivo para minha alma

Decorrente dessa sua ausência.

E errante, anseio buscar outro alguém

Que me extirpe tal sofrimento

Levando o coração a pulsar em outra direção.

Mas, exaurido, novamente caio em mim

Ao perceber incapaz de substituir

A insubstituível.

gilbtan
Enviado por gilbtan em 25/02/2009
Código do texto: T1456477
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