O ADEUS COVARDE
Quando te achei nas rotas da paixão eu te falei sinceramente o que sentia;
E descrevi a dor que em mim doía, expus meu coração;
Eu derramei meu ser em emoção ao divulgar o sonho que nutria;
E como a mais sonora gritaria, nada deixei calado na escuridão!
Então propus fazer de ti a mais feliz das criaturas;
Ser teu escudo nas agruras, ser teu castelo em tempos de relento;
Jurei proporcionar-te alento, sarar tuas íntimas fraturas;
E plenamente eu cumpri todas as minhas juras, honrei meu juramento!
E do meu lado conheceste a feição do paraíso;
Fiz tudo quanto foi preciso para manter feliz o teu semblante;
Jamais viveste algo semelhante, jamais verteste tanto sorriso;
Porque te dei o que num termo conciso pode-se chamar de horizonte!
E não mudei todos os dias desse amor, que brutalmente acabou;
O canto que silenciou nem mesmo a compaixão me prevenia;
Se foi maldade ou ironia, será imperdoável seja como for;
Virar as costas é odioso terror e dar adeus por telefone é covardia!