ESPADA DE DOIS GUMES
Espírito, alma e corpo em movimento
Separam-se, juntam-se, buscam alento
Do cansaço desse constante ócio
Engana-se na fuga do óbito.
Verdade no sangue, na junta e medula
Que se esconde na tenra penumbra
De Vidas facciosas
Reflexos de vontades indiciosas.
A vaidade que busca honra
É ar, água só pó na sombra
Apaga-se no refletir da Lâmina.
A crua dor se revela na volta da espada
Das libações constantes a oferecer
Na busca de destinos... destinados a morrer.
Jessé Nóbrega Cardoso.