No nada
Na exatidão das horas inexatas,
propago as incertezas de uma manhã inexistente.
Agora é meu tempo o que mais me ressente,
causando as lamúrias do que nunca lamentei.
O que não se mede, então, pôde ser medido.
O cansaço pelo que não houve, pelo que foi perdido.
Empoeiradas estampas no vão do esquecimento.
E a cada momento a indiferença
corroendo o pensamento.
Não mais chegada,
a espera foi alcançada...
No nada.