No nada

Na exatidão das horas inexatas,

propago as incertezas de uma manhã inexistente.

Agora é meu tempo o que mais me ressente,

causando as lamúrias do que nunca lamentei.

O que não se mede, então, pôde ser medido.

O cansaço pelo que não houve, pelo que foi perdido.

Empoeiradas estampas no vão do esquecimento.

E a cada momento a indiferença

corroendo o pensamento.

Não mais chegada,

a espera foi alcançada...

No nada.

SATURNO
Enviado por SATURNO em 12/02/2009
Reeditado em 12/06/2013
Código do texto: T1435437
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