Plenitude

Nestes dias de chuva

que passam, que vão

um leve vento de solidão

vem roubar meu momento.

Sou qualquer número ímpar,

sempre sobro, sempre resto.

Não há como eu qualquer

em qualquer outro lugar.

Mas trago comigo a voz

de um punhado de velhos poetas

que por vezes me sopram os ouvidos

e por disso me torno completa.

Silvana Bronze
Enviado por Silvana Bronze em 11/02/2009
Código do texto: T1433547
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