À ESPERA DOS BONS TEMPOS
O momento não é de canto
nem de choro...
é de acalentar as lágrimas.
Vivemos apertados, encolhidos
e os bolsos virgens dessa esperança.
Por enquanto vence o dito popular:
“A esperança é a última que morre!”
Então, gerações continuam sussurrando
na pressão da sobrevida a esperada
paga de velhas promessas
envolvendo o falso, o verdadeiro
e o apagar de muitos janeiros.
Pensar e chorar é como
embalar infrutíferos momentos!
É preciso mudar o canto:
Punhos cerrados, poucos lamentos;
acertar o alvo, receber a dívida
confinada no tédio
à espera dos bons tempos prometidos.