Um segredo

Através de uma leitora

Que conheci aqui neste cantinho

Descobri um segredo

Que jamais descobriria sozinho

Disse-me ela ter lido o poema

Sobre a tal moça da banca (*)

E como essa moça é sua amiga

Foi com ela ter uma conversa franca

Mostrou-lhe meu poema

E a tal moça ficou envergonhada

E confessou para a amiga

Que estivera por mim apaixonada

Assegurou que pensava em mim

Dia e noite, noite e dia

Mas quando eu me aproximava dela

Sua timidez a vencia

Passar a me tratar mal fora sua reação

Não conseguia sequer olhar-me de frente

Não sabia também o que fazer com as mãos

Afastar-me dali era só o que lhe vinha à mente

Por outro lado também já me vira acompanhado

Por isso reprimiu seu desejo, queria de mim se afastar

Até que finalmente arranjou um namorado

Perdendo de vez a esperança de comigo acasalar

Mesmo assim a minha presença ainda a incomodava

Parecia-lhe que quando a olhava seu segredo desvendava

Então me tratava mal querendo que eu nunca voltasse

Na esperança que aquela angústia finalmente acabasse

Ah! Entender essas mulheres...

Nem sei se vou lá voltar.

(•) Ver poema Como devo agir, que explica quem é a moça da banca.

Angelo Tomasini
Enviado por Angelo Tomasini em 07/02/2009
Reeditado em 09/02/2009
Código do texto: T1426659
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