Serenar de íris
Luar que banha estas águas
aquele que pranta a beira-mar
a vida breve e quente , e as mágoas
insistentes a não passar
Lua que nos mente as passagens das mentiras ainda ferventes
Amenizando as lágrimas dos olhos , dormentes
a lua se vai , noite passa , acalmam-se as margens
margens claras como a íris a se espalhar
Conforte-me esta noite, minha lua
Alegre a noite de quem não tem por quem chorar
Não , não deixe calar as lágrimas dos que choram ao luar
Se estas águas de mágoas
Limpam a alma , que chorem cascatas
Os corações feridos, insistentes a sangrar