DOMINAÇÃO

Marca suas unhas em mim

Sangria vertida d' seus medos

Se sua entrega não se justifica

Acaso a fuga lhe salva a vida?

A fantasia que nos excita

Amarra meu corpo em flagelo

Mas sua alma que “doma”, foge

Receia render-se a meu grelo

Quer domar-me como sua presa

Da forma que mais lhe convém

Mas sou farsa que se entrega

Que a u d á c i a ... meu bem

Nem tente tomar-me sua

Como se eu lhe devesse a vida

Pois masoquismo é uma arte

E é submissão consentida

Ora, cuide de seu brinquedo

Eu-presa sou forte na amarra

Se mia ata inverte a fanfarra

Sua alma é que jaz em meus dedos

Contenha-se mais, meu amigo

Sou candura, suave e terna

Mas as cordas que uso contigo

Aprazem-se c' outros espermas

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Retirei parte do texto, a pedido.