DESAMOR
Tento esconder
o meu amor por ti...
Desdobro-me em duas ou três
Iraís...
Para me diminuir,
encurtar o Meu Tempo,
e te esquecer um pouquinho...
Mas, não consigo mudar
o paradigma: amar-te...
Amar-te sempre!
Sem saber,
se isto é bom ou ruim,
vou voando nas asas
da louca paixão
de te querer,
todo dia, toda hora,
para que saibas mais
de mim.
Nessa lida de amar
e de querer desamar-te,
vou querendo desvoar
este pássaro triste,
sem forças, sem coragem
de voar,
que agora mora em mim,
e sem querer, me alucina!
Aparece em meus sonhos
ou pesadelo, talvez...
Arquivo-o na memória
mas, acabo por revê-lo
tal a força que me fascina.
Nestes mágicos momentos,
entre o sono e os sonhos, desperto!
E meus pensamentos, viajam
por caminhos da saudade,
onde o desamor nos uniu.
(data: 06/02/1997)
Iraí Verdan
Magé, 31 de janeiro de 2009.