Réquiem para um canalha
Réquiem para um canalha
Helomar Gama
Estou cansado de viver nesta sala escura.
Meus miolos estão criando mofo.
Sei que esta doença não tem cura.
Mas sou ainda moço.
Eu quero ver o sol
Ele me traz esperança, e assim vou vivendo.
Amigos não chorem por mim
Eu sei por que estou sofrendo
Não alimentem esta triste lembrança.
Esta é apenas uma amarga herança
De uma vida sem regras
Quando jovem sempre vivi no fio da navalha
E no fim desta vida piegas (venho pedir)
Um réquiem para um canalha.
Mais enquanto houver o nascer da aurora
Eu vou insistindo,
E resistindo.
E tenho esta convicção
Dentro do coração.
De que nada será como antes
Sempre existe comigo
Uma fé maior.
De que tudo que tenho de melhor
Eu aprendi com meus amigos.