TAMBÉM VOU PARA PASSÁRGADA

Cansei!... cansei!...
Cansei das coisas da vida,
da forma como caminhei,
de hipocrisias e infortúnios,
de tudo que sei e não sei.
Cansei da avidez desenfreada,
das pontes que não atravessei,
das inseguranças e medos,
dos traumas que ainda terei.
 
Cansei!... cansei!...
Cansei dos desencantos de tudo,
dos lugares em que passei,
das minhas vitórias perdidas,
das coisas que não ganhei.
Cansei dos sorrisos falsos,
da forma como me doei,
de sempre amar tanto... tanto...
não ser amado como amei.
 
Cansei!... cansei!...
Cansei dessa vida inútil,
aqui não mais viverei,
viver por viver sem sentido,
então que futuro terei?
Vou-me embora dessa vida,
Aqui não mais ficarei;
vou-me embora pra Passárgada,
pois lá sou amigo do rei.
 
* Esta poesia está no livro "Mania de escrever" a ser lançado brevemente com poesias diversas. É proibida a cópia ou a reprodução sem a minha autorização. Visite o meu site: www.ramos.prosaeverso.net    
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 31/01/2009
Reeditado em 09/02/2009
Código do texto: T1414570
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