DEIXANDO A CENA
DEIXANDO A CENA
Jorge Linhaça
No teatro da vida gira o mundo
sucedem-se as cenas sem cessar
até o entre-ato vir pausar
o texto fugaz, o texto profundo
Fecha-se a cena, já cai a cortina:
lá na platéia o silêncio patente;
aqui, na coxia, o pulso latente,
pede; insistente, por adrenalina.
Hora do parto, já parto agora,
a alma chora a futura saudade,
sente o hades na sua penhora.
Abre, Pandora, a caixa do destino,
Já deixo a cena, nem cedo nem tarde,
Já parte o vate c'o seu desatino.
Arandú, 28 de janeiro de 2009
DEIXANDO A CENA
Jorge Linhaça
No teatro da vida gira o mundo
sucedem-se as cenas sem cessar
até o entre-ato vir pausar
o texto fugaz, o texto profundo
Fecha-se a cena, já cai a cortina:
lá na platéia o silêncio patente;
aqui, na coxia, o pulso latente,
pede; insistente, por adrenalina.
Hora do parto, já parto agora,
a alma chora a futura saudade,
sente o hades na sua penhora.
Abre, Pandora, a caixa do destino,
Já deixo a cena, nem cedo nem tarde,
Já parte o vate c'o seu desatino.
Arandú, 28 de janeiro de 2009