Cântico do Moribundo

Tento o ruído e o silêncio, nada é capaz

Me mostro e me escondo, tudo é demais

Perco-me em notáveis teorias frustradas

Acho-me em solidão e mágoas passadas

Arrisco-me sob um manto camuflado

Porém não consigo viver mascarado

Sou vivo mas sou então moribundo

Disperso na ilusão que é o mundo

Bloqueadas as minhas antigas razões

Tento lidar com as obscuras emoções

Busco amparo em genuínos escritos

Descarrego em palavras os meus gritos

Intensamente perturbado está meu ânimo

As tragédias são da minha vida o cântico

Que me fazem entoar no amanhecer

E me impõem o prantear do anoitecer

31 de Janeiro de 2009

Ana Marlyny Monteiro Souza
Enviado por Ana Marlyny Monteiro Souza em 31/01/2009
Reeditado em 31/01/2009
Código do texto: T1414239
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