Cântico do Moribundo
Tento o ruído e o silêncio, nada é capaz
Me mostro e me escondo, tudo é demais
Perco-me em notáveis teorias frustradas
Acho-me em solidão e mágoas passadas
Arrisco-me sob um manto camuflado
Porém não consigo viver mascarado
Sou vivo mas sou então moribundo
Disperso na ilusão que é o mundo
Bloqueadas as minhas antigas razões
Tento lidar com as obscuras emoções
Busco amparo em genuínos escritos
Descarrego em palavras os meus gritos
Intensamente perturbado está meu ânimo
As tragédias são da minha vida o cântico
Que me fazem entoar no amanhecer
E me impõem o prantear do anoitecer
31 de Janeiro de 2009