INSENSATEZ

Somos insensatos

quando nós voltamos

se de novo vamos

brigar outra vez.

Sempre insistimos

no viver a dois

e rever depois

nossa estupidez.

No tentar abjeto

se não mais se ama

na miúda chama

de um fogo havido.

Vês que a cada briga

o encanto amena

e em cada cena

vamos mais feridos.

O retorno é vil

e infantil a jura

em tentar a cura

em purgar sangrias.

E no acabar

se apõe escrito

um rol infinito

cheio de heresias.

Não te questiones

se valeu a pena

quando foste plena

o sonho se deu.

Na tua saída

deixa a porta aberta

mas te dê por certa:

tudo já morreu.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 30/01/2009
Reeditado em 13/02/2009
Código do texto: T1413849