INSENSATEZ
Somos insensatos
quando nós voltamos
se de novo vamos
brigar outra vez.
Sempre insistimos
no viver a dois
e rever depois
nossa estupidez.
No tentar abjeto
se não mais se ama
na miúda chama
de um fogo havido.
Vês que a cada briga
o encanto amena
e em cada cena
vamos mais feridos.
O retorno é vil
e infantil a jura
em tentar a cura
em purgar sangrias.
E no acabar
se apõe escrito
um rol infinito
cheio de heresias.
Não te questiones
se valeu a pena
quando foste plena
o sonho se deu.
Na tua saída
deixa a porta aberta
mas te dê por certa:
tudo já morreu.