LUAR DE OUTONO
NO LUAR DE OUTONO,
VI FOLHAS CAÍDAS E SENTI A BRISA FRIA,
QUE ME FAZIA CHAMAR POR TI,
MINHAS LEMBRANÇAS TORNARAM-SE ENFERMAS, EM UM OCEANO DE MÁGOAS,
NUMA SAUDADE FRIA QUE GRITAVA...
NO LUAR DE OUTONO,
PERGUNTEI A LÁGRIMA DA LUA EM NOITE FRESCA E NUA:
QUEM SEU CORPO ABRAÇA?
QUEM SONHA SEUS SONHOS?
QUEM POR ELE ESPERA?
MEUS DIAS SE FORAM E NO PEDESTAL DA MINHA IMAGINAÇÃO,
TU BRILHAS TANTO QUANTO O SOL DE VERÃO.
MINHAS CORES SE EMBAÇARAM, PERDENDO O TOM.
MINHAS EMOÇÕES PARTIRAM E NÃO SABES QUE TAL QUAL O VENTO FORTE, VINDO DO NORTE, INVADISTE MEU ROSTO,
E TE APOSSASTE DO MEU CORPO, LEVANDO MEU GOSTO, SEM SEQUER PEDIR PERMISSÃO.
NO LUAR DE OUTONO,
SORRISTE COMO SE FOSSES O INVERNO, LEVANDO-ME A PAZ E ME DEIXANDO AGONIA DEMAIS.
RECLAMO AGORA A LUA QUE VELO, NA ESCURIDÃO DE UM GRITO QUE SELA... UMA NOITE DE OUTONO SEM RISOS,
SEM CORES, SEM FLORES, SEM SONHOS.