Nasci sem asas,
Nunca voei.
apenas em sonhos
que me senti
livre e solto
Pairando por mundos
Sobrevoando horizontes
Acordava
Sentia o gosto
de estar na Terra
Amargo ou não...
Que importa?
Quem se importa?
Não nasci para voar...
Mas um dia ela apareceu
Era um simples casulo
Grudado na janela
Como se fosse um sinal
Olhei sem entender
Por que aqui?
Por que eu?
O tempo passou...
Numa linda manhã
O casulo transformou-se
Linda borboleta!
Asas azuis
Fisuras douradas
Como se fosse
o retrato de uma manhã
Uma bela manhã de sol
Eu sorri com a cena
Ela pousou em minha mão
Como se agradecesse
Um zelo que não tive
Um amor que não senti
Eu era só curiosidade
Se sentiu isso? Não sei!
Apenas a  vi  bater  asas
e voar como num balé
Para um nunca mais
Sem um adeus...
Às vezes olho para o céu
Na expectativa de vê-la
De senti-la pousar
Na minha mão
No meu ombro
No meu coração
Para que eu pudesse
Falar de coisas que não falei
De segredos não revelados
De sentimentos guardados
De amores frustrados
Dessa amargura de estar só
Por que não a entendi!
 
Roberto Bordin
Enviado por Roberto Bordin em 30/01/2009
Código do texto: T1412625
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