Tempo seco
O mundo encolheu
a casa do tamanho da janela
o mar pequeno na palma da mão
gigante somente quem olhava o mar
os espaços do beijo
a cabeça esmagando fatalidades
vem um arco-íris te pedindo perdão
mas não houve
precisa saber
só as cavernas são ouvidos absolutos
e nos fins secretos da realidade
o amanhã te ensina a não encolher o mundo