A TUA PRESENÇA


A TUA PRESENÇA

Do vidro da janela
vejo formas invisíveis
quase sonhadas,
Que dançam nos meus olhos
E carregam para longe
A tua presença num bailado silente.
O teu vulto se mistura entre figuras
Helicoidais e rodopia entre bailarinos
Disformes e musculosos que flutuam
No ar que inspiro sufocado
Nos desejos que não tivemos.
Tento quebrar a vidraça
Que nos separa desse hoje
Que me limita,
Que me vence,
Que me mutila,
Que não permite
Conhecer o teu par
Dentre espectros amantes.
Nem o meu grito eu ouço
A te chamar.
Pablo Calvo
Enviado por Pablo Calvo em 22/01/2009
Reeditado em 22/01/2009
Código do texto: T1398037
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