INCERTO, PROSSIGO
Incerto,
busco um alvo,
algo...
Não sei o que busco,
nem o que quero.
Eu busco o que não quero,
o que não sinto,
o que não sei.
Leviano, passos vagarosos,
trêmulos,
caminho,
tentando seguir aquilo
que me foi imposto.
E meus objetivos são tantos.
E eu sou tão incerto,
tão errado,
tão errante...
Cabisbaixo,
busco algo a seguir,
neste momento de minha vida.
Pois tudo o que busquei
jamais encontrei onde busquei.
Eu queria saber se alguém aí sabe
onde encontro o que procuro.
Talvez não saiba, ninguém,
nem mesmo eu.
Eu nem sei o que procuro,
na verdade,
e como saberei onde procuro?
Eu sou só, sim, sozinho,
um jovem tenro,
precoce e tão mal-compreendido.
De início, por mim mesmo.
Mas sigo, incerto, errante,
um caminho que não enxergo,
e vou para onde não sei se vou...
que vou...
aonde vou...
Eu sigo uma senda, nessa jornada,
que já está feita,
imposta a mim.
Uma senda desconhecida,
sombria, fria.
Alguém para me guiar?
Não... ninguém...
Pelo visto, vou cair.
Eu já sei que vou cair.
Já estou fraco
e já sinto que vou cair,
já sinto os efeitos da droga,
da doença que surgiu em mim.
Eu só peço que, um dia,
esses tantos e poucos poemas
que escrevi
sejam publicados
e lidos
por alguém,
algures...