INCERTO, PROSSIGO

Incerto,

busco um alvo,

algo...

Não sei o que busco,

nem o que quero.

Eu busco o que não quero,

o que não sinto,

o que não sei.

Leviano, passos vagarosos,

trêmulos,

caminho,

tentando seguir aquilo

que me foi imposto.

E meus objetivos são tantos.

E eu sou tão incerto,

tão errado,

tão errante...

Cabisbaixo,

busco algo a seguir,

neste momento de minha vida.

Pois tudo o que busquei

jamais encontrei onde busquei.

Eu queria saber se alguém aí sabe

onde encontro o que procuro.

Talvez não saiba, ninguém,

nem mesmo eu.

Eu nem sei o que procuro,

na verdade,

e como saberei onde procuro?

Eu sou só, sim, sozinho,

um jovem tenro,

precoce e tão mal-compreendido.

De início, por mim mesmo.

Mas sigo, incerto, errante,

um caminho que não enxergo,

e vou para onde não sei se vou...

que vou...

aonde vou...

Eu sigo uma senda, nessa jornada,

que já está feita,

imposta a mim.

Uma senda desconhecida,

sombria, fria.

Alguém para me guiar?

Não... ninguém...

Pelo visto, vou cair.

Eu já sei que vou cair.

Já estou fraco

e já sinto que vou cair,

já sinto os efeitos da droga,

da doença que surgiu em mim.

Eu só peço que, um dia,

esses tantos e poucos poemas

que escrevi

sejam publicados

e lidos

por alguém,

algures...

Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira
Enviado por Luiz Carlos Martins B Bueno Dantas de Oliveira em 17/01/2009
Código do texto: T1389746
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