VELHICE
Sandra Mamede
Será que quando chegar a velhice suprema
E eu não tenha mais o que desejo ter
Dependendo do apoio numa suprema
Renúncia, sem somente ter, mas somente ver
O meu corpo doerá, de dores entrevado
Somente falarei de o meu triste padecer
Ninguém entenderá, estarei abandonado
Não vou resistir à morta, querendo ainda viver
Que vida triste! Plena de abandono
Carregando um corpo fraco, enrugado
Castigo de Deus viver assim...
Penso em trocar tudo por um sono
Ficar quieto, somente deitado
Dormir...dormir...um sono sem fim