INDIFERENÇA VÃ
AMANHECE...
E o sol, todo tímido, aparece
Entremeio ao denso arvoredo,
É hora feliz e de festa mútua
De toda espécie de passaredo...
E nós dois, aqui, em casa, também,
Imitamos todos eles, só que,
Invéz de alegria, tristeza se tem.
ENTARDECE...
É hora do almoço, já se avisa,
Depois, se vai dar um mergulho
No açude da fazenda, que espera
A criançada em algazarra e alvoroço...
E nós dois, vamos com eles, porém,
Tristes um com o outro, sem motivo,
E, esse impecílho, quer se resolver.
ANOITECE...
E o sol, todo tímido, dormir, já se vai,
Pois, amanhã bém cedo, se levantar se tem,
O passaredo todo também se recolheu,
E a noite chegou, sem se perceber...
Todos tomaram seu banho cedo,
No açude da fazenda, que bom, muito é,
E, nós dois, vamos dormir, como dois estranhos.