INDIFERENÇA VÃ

AMANHECE...

E o sol, todo tímido, aparece

Entremeio ao denso arvoredo,

É hora feliz e de festa mútua

De toda espécie de passaredo...

E nós dois, aqui, em casa, também,

Imitamos todos eles, só que,

Invéz de alegria, tristeza se tem.

ENTARDECE...

É hora do almoço, já se avisa,

Depois, se vai dar um mergulho

No açude da fazenda, que espera

A criançada em algazarra e alvoroço...

E nós dois, vamos com eles, porém,

Tristes um com o outro, sem motivo,

E, esse impecílho, quer se resolver.

ANOITECE...

E o sol, todo tímido, dormir, já se vai,

Pois, amanhã bém cedo, se levantar se tem,

O passaredo todo também se recolheu,

E a noite chegou, sem se perceber...

Todos tomaram seu banho cedo,

No açude da fazenda, que bom, muito é,

E, nós dois, vamos dormir, como dois estranhos.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 13/01/2009
Código do texto: T1383292
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