SILÊNCIO

Silencia da boca a palavra,

cala no peito essa dor.

Dúvida, falha, mordaça...

fere, golpeia o amor.

Chaga aberta ... Passado?

Sangra a lágrima...Presente?

Rasga, corrói e se cala,

resta o futuro ausente.

Solo árido, infértil.

Sopra o vento, amargor.

Céu sem lua e reflexo,

sol de desejo...pecador?

Palavras atiradas ao léu?

Verdades... Anseios sufocados?

Silêncio que fere e agride,

silencio o amor...Resguardo.

Silêncio, o amor adormece.

Silencio o choro,

silencio o soluço e falo.

Grito:

Se eu peco e falho,

se amar é errado,

Confesso:

sou ré, sou pecado.

Silêncio...Silencio...Sigo...

Meu peito Sangra...Afago.

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 12/01/2009
Código do texto: T1381237
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