CEGOS DE BONS OLHOS

E se segue por aí, à se tatear labirintos

Na neblina e na escuridão vinda

Da noite sem lua no céu nevoento

Que diz e que indica, logo choverá,

E a noite, imensa, se demorará,

Sem pressa em seu lugar ter que dar

A outro dia que prenuncia chegar,

Abrindo caminho no espaço do tempo.

E se segue tateando labirintos

Na limpidêz do céu, no seu dia,

Claro, sem nuvens, sem nevoeiro,

Que diz e que indica, não se choverá,

E o dia, imenso, não se demorará,

E, com pressa, seu lugar dará

À outra noite que anuncia chegar,

Abrindo caminho no espaço do tempo.

E, isso tudo, acontece, sutilmente,

Com um ''cego, que não vê'',

Não por se ser cego, mas,

Por não se querer ver,

Pois possui nos olhos

A cegueira que não cega,

Uma cortina que impede

De que não se queira ver.

''E OS CEGOS DE BONS OLHOS

SE INFILTRAM AOS QUE VÊEM

E SÃO REALMENTE CEGOS''.

''SÃO, ELES, OS DESILUDIDOS DA VIDA, EM NOSSO PONTO DE VISTA''.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 09/01/2009
Código do texto: T1376592
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