À ESPERA

ABRI A PORTA DA CASA,

DEIXEI A ESPERANÇA ENTRAR.

ESPALHEI FLORES NA ENTRADA

E PERFUME PELO AR.

FIZ A CAMA, TIREI PÓ.

PUS O VINHO PRA GELAR.

ARRUMEI NOSSO CANTINHO,

SÓ PRA VER VOCÊ CHEGAR.

A TARDE SE VAI FACEIRA,

É TEMPO DE ME ENFEITAR!

COLOQUEI BRILHO NOS LÁBIOS

E ROUPA DE PASSEAR.

PONHO DISCO NA VITROLA.

- É VINÍCIUS! VAI GOSTAR.

PREPARO A JANTA, O ABRAÇO,

PORQUE SEI QUE VAI FICAR.

A NOITE CHEGA COM GRAÇA.

LUA VEM TESTEMUNHAR

TODO AMOR, TODA SAUDADE,

INCONTIDOS NO ESPERAR.

MAS NÃO FOI COMO ERA ANTES!

NEM OS GESTOS, NEM O FALAR...

NÃO DEIXO QUE SIGA ADIANTE

E ME PERMITO CHORAR.

VOCÊ ME OLHA ASSUSTADO,

ADMITE ME MAGOAR.

E EU SOZINHA ME CALO,

NÃO SEI COMO PERDOAR.

QUE TOLICE SUA DESCULPA!

CONFUNDIU MEU MODO DE AMAR?

BATI A PORTA EM SILÊNCIO.

NÃO SEI SE VAI MAIS VOLTAR.

CRIS FIGUEIRA

Solua
Enviado por Solua em 06/01/2009
Código do texto: T1369741
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.