Amarga desilusão
Amargo o gosto do sentir desatinado,
quando cessam as aventuras e o querer amargurado
não é atendido em seus apelos, inaudíveis citações.
Quanto desvario, quantas vagas emoções!
Amores feitos de mentiras, frases alinhadas,
encontros fúteis e decepções.
Onde residiria a verdade que o virtual descortinou?
Estaria solta no horizonte transparente
que algum poeta jamais vislumbrou?
Escusos os escritos que nada trazem.
Inspirações mórbidas carregam meus traços.
Agora, neste momento, as ilusões apenas jazem...
Tranquilas no berço esplêndido da afeição.
Letárgicas e abandonadas à propria sorte:
desilusão.