AMOR ENVENENADO

E quando o mal não se promove e mesmo assim ele resolve vir nos alcançar?

Toda virtude está no semear, porém a preferência de seu fruto é ser amargo;

Quando o caminho é longo e largo e nem assim nos é possível caminhar;

Até doamos o aliviar, mas a resposta que virá há de ser o fardo!

Quando fazemos por merecer, mas o destino nos confere um lugar na insignificância;

Quando nutrimos a lembrança, porém caímos no poço fundo do esquecimento;

Quando corremos a favor do vento e mesmo assim de nós ele mantém distância;

Quando lutamos pela esperança, mas não vencemos a culminância do sofrimento!

Quando amamos com sinceridade, mas a mentira nos arremessa em vala odiosa;

Quando a paixão é ardorosa, mas sua paga é saquitel de pura indiferença;

Quando a presença é imensa e lhe decorre a retribuição mais sequiosa;

Quando espinhos nos dão em troca pela rosa, morre ingloriosa toda amada crença!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 16/12/2008
Código do texto: T1338223
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.