O U R O D E T O L O

Arrependida,

choras e lamenta o seu dissabor

e vives implorando, que sintas

em minha alma, o mesmo amargor!

Não querida, Eu não chorarei por ti,

talvez, derrame lágrimas sentidas

mas elas serão sofridas, por mim

e pela tolice que cometi.

Tivestes em mim, á devoção,

um imenso e puro amor,

tivestes os bens materiais

aos quais nunca soube dar valor!

E hoje queres que chore, que lamente,

os meus erros sentimentais.

Não, isto não acontecerá,

pois tenho consciência que fiz o melhor,

sempre usei da sinceridade e com pureza,

nunca faltei, com a menor das verdades.

Eu tentei, tentei lhe tirar do jugo,

do marasmo em que vivias,

onde eras dominada, e se deixava

por outro alguém, pacificamente

a cada instante ser lubridiada.

Querida, esquecestes da miséria,

da falta de centavos, para comprar um pão,

e quando os tivestes em dobro,

com a falsidade, jogastes ao chão. A mentira corrói aos poucos,

vai lentamente destruindo,

e em pranto estraçalha um coração.

Você, um dia foi para mim,

como se achasse uma mina de ouro

mas com o passar do tempo, demonstrastes,

com o seu fingimento e falsas caricias

que foi apenas uma mina feita de ilusão

que só continha um grande vazio

em seu interior, mentiras e desolação.

Eu achei que tinha comigo, um tesouro,

e no brilho ofuscante que me cegou

vi que era apenas, aquele ilusório, e,

maldito ouro de tolo!...

Elio Moreira

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 16/12/2008
Código do texto: T1338152
Classificação de conteúdo: seguro