FÉRETRO DA ALELUIA... Vem Comigo.

O Féretro da Aleluia...

Assim esquivou-se da vida! Não sobreviveu

Aos momentos carcomidos de injurias,

Zombando de o mundo ser incauto e feneceu

Escarrando a calunia na boca de Morfeu.

Lamentando a solidão a esconjurar as criaturas

No tálamo que forjou escorada no que teceu

Nas almofadas do pranto, coberta de amarguras

Rogo não fez seu canto, nem uma vela pra Deus...

Nas flores o desencanto foi tudo que a lida deu

As vielas escuras germinadas no lodo breu...

E coevos no velório lhes bombardearam convivas;

O satanás na cólera a gargalhar do que entristeceu.

Na alça esquerda do ataúde, agouros em desarmonias

A incitar à direita a cobardia, ao inferno que ascendeu

Aos pés nebulosos de júbilo, as brumas enegrecidas

De mentiras gozavam arroubos avaros martirizados...

E na descompostura imundos sentimentos cultivados

A excomungarem os queixumes que amontoou

Perambulando no espaço tempo, espectros sinistros

Seguindo o cortejo à dor, levavam-na ao tumulo...

Idos aguerridos torturados a gemerem no que cunhou

Na areia do escárnio, e os déspotas a discursarem

Pra pá na cal do amargo e no lacrar da sepultura

A ira, sob o desgosto que se abateu no jazigo da aleluia...

“A Poetisa dos Ventos”

Deth Haak

“A Poetisa dos Ventos"

Cônsul Poeta Del Mundo - RN

Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do - RN

4/4/2006

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 04/04/2006
Reeditado em 27/08/2008
Código do texto: T133576