POR QUE?
Por que me deste um mundo
Se era só uma armadilha
Agora sou a lebre solta
À mercê de uma matilha
Por que fizeste-me crente
de um amor que sequer sente?
Por que puseste-me a sonhar
Estorpeceste-me em êxtase
Pra no final me açoitar
Matar-me em meio a um frenesi
Por que guardaste-me em escrínio
Para depois me descartar
Tiraste meu raciocínio
Proibiste meu respirar
Por que?
Se tudo que te dei foi amor
Se pus meu mundo até de lado
Ganhei em troca o dissabor
De um pobre amor inacabado
Me enganaste assim tão consciente
De que eu pusera um reino a te guardar
Querias só o gosto displicente
De uma aventura tola a desfrutar
Se todo amor do mundo não bastava
Podias ter me dito, sido franca
Enquanto ali eu tudo planejava
Em ti já me tornavas só lembrança
Pra mim já era um lôngevo caminho
Mas tu de fato nunca o enxergara
Pensei que fosses tu meu desalinho
Minha expressão mais pura, bela e rara.
Agora
eu sei:
do mundo
que és rainha
jamais
eu poderia
um dia
ser seu rei.
Por que?
Por que me deste um mundo
Se era só uma armadilha
Agora sou a lebre solta
À mercê de uma matilha
Por que fizeste-me crente
de um amor que sequer sente?
Por que puseste-me a sonhar
Estorpeceste-me em êxtase
Pra no final me açoitar
Matar-me em meio a um frenesi
Por que guardaste-me em escrínio
Para depois me descartar
Tiraste meu raciocínio
Proibiste meu respirar
Por que?
Se tudo que te dei foi amor
Se pus meu mundo até de lado
Ganhei em troca o dissabor
De um pobre amor inacabado
Me enganaste assim tão consciente
De que eu pusera um reino a te guardar
Querias só o gosto displicente
De uma aventura tola a desfrutar
Se todo amor do mundo não bastava
Podias ter me dito, sido franca
Enquanto ali eu tudo planejava
Em ti já me tornavas só lembrança
Pra mim já era um lôngevo caminho
Mas tu de fato nunca o enxergara
Pensei que fosses tu meu desalinho
Minha expressão mais pura, bela e rara.
Agora
eu sei:
do mundo
que és rainha
jamais
eu poderia
um dia
ser seu rei.
Por que?