ECOS DO TEMPO

ECOS DO TEMPO

Ecos ressoam nos labirintos audíveis

Alaridos e gemidos, velhos tempos

Tempo armistício, razões perecíveis

Ficaram nas lavras deste destempo.

Fio cortante das horas irrevogáveis

Na garganta o grito que desaba o lenho

Na floresta dos meus cabelos indeléveis

Tento apoiar-me nas lembranças que tenho.

Não passam mais as caravanas da alegria

Nem o mar apresenta-se com suas naus

Vazio de sal, velas brancas de Santa Luzia.

Ofuscada visão, brumas e obliteração, caos

Duma alma sem terceira visão e acrinia

Seca lacrimal, não navega mais outras naus!